​“Já me confessei a outros padres, mas o Papa talvez tenha algo mais”
04-08-2023 - 15:45
 • Cristina Nascimento

Um espanhol, uma guatemalteca e um italiano foram confessados por Francisco na JMJ. Num momento "belo", mas de natural ansiedade para estes jovens, revelam que Francisco foi "divertido". "O Papa deu-me a confiança para que pudesse abrir o meu coração".

O Papa foi ao Parque do Perdão confessar três jovens e fez-se silêncio.

A primeira conversa no confessionário foi de Francisco para Francisco. De camisa branca, um jovem espanhol de 21 anos, explica que, desde que soube que tinha sido escolhido para este momento, “tentou esquecê-lo". Até hoje.

Procurou fintar a ansiedade, mas na última noite já não conseguiu dormir muito. Tudo por causa da "emoção de estar com o Papa e poder olhar os seus olhos”.

Terminado o seu momento com Francisco, esta sexta-feira, no Parque do Perdão, em Belém, descreve “uma emoção enorme”. Tem o coração "cheio”.

Para recordar este momento, recebeu um terço que, garante, "vai guardar por toda a vida. Sem dúvida”.

Depois de Francisco, seguiu-se Yesvi. Esta guatemaleca de 33 anos está em Portugal há nove meses, é voluntária de longa duração na organização da Jornada Mundial da Juventude.

Quando lhe falaram da oportunidade de ser confessada pelo Papa, não disse logo que sim.

“Primeiro, disse que tinha de pensar, porque sou voluntária e estou a trabalhar durante esta semana. Mas depois percebi que este é um presente de Deus para mim”, explica.

E terá valido a pena. Enquanto fala com os jornalistas, mal contém a emoção. “Foi bom sentir a misericórdia de Deus”.

“Estava tranquila, até chegar o Papa. Ele, como sempre, foi engraçado e divertido e deu-me a confiança para que pudesse abrir o meu coração”, detalha.

O terceiro a sentar-se em frente a Francisco foi Samuel, é o mais novo dos três. Em jeito descontraído, este italiano de 19 anos explica que, ao contrário de Francisco, conseguiu dormir. Sem que ninguém lhe perguntasse, acrescenta que também conseguiu comer.

Para casa leva uma experiência que diz ter sido “única”.

"Já me confessei a outros padres, mas o Papa talvez tenha algo mais… Não sei se é por estar vestido de branco, mas é um homem de grande nível, não está ali a brincar. Foi mesmo belo, muito belo".

No mesmo jeito descontraído, Samuel assegura que esta oportunidade de ser confessado pelo Papa vai mudar a sua vida para melhor, espiritualmente. Um momento para contar aos seus amigos e familiares quando regressar a Itália.