A organização da Volta a Itália tirou as rolhas às garrafas de champanhe no pódio, depois da lesão que obrigou Biniam Girmay a abandonar.
A garrafa oferecida ao italiano Alberto Dainese, vencedor da 11.ª etapa, esta quarta-feira, tinha a rolha já a meio, pronta para retirar sem perigos - caiu inofensivamente no palco.
A seguir, entrou o espanhol Juan Pedro López, atual camisola rosa (líder da classificação geral individual), e a garrafa que lhe foi fornecida já nem rolha tinha.
Uma alteração significativa à cerimónia de consagração do vencedor de etapa e dos portadores de camisolas, justificada pelo que aconteceu com Biniam Girmay (Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux) na terça-feira.
O ciclista eritreu, de 22 anos, que se tornou o primeiro africano negro a ganhar uma etapa de uma grande volta, com a vitória na décima tirada, lesionou-se num olho durante os festejos.
Ao abrir a tradicional garrafa de champanhe, a rolha acertou-lhe no olho esquerdo. Festejou com o olho fechado e, no final, teve de ser levado para o hospital, de ambulância, para realizar exames médicos.
Esta quarta-feira, a equipa de Girmay anunciou que o ciclista tinha uma hemorragia na câmara anterior do olho esquerdo, que requere "o máximo de cuidado e descanso" e obrigou ao abandono do Giro.
A reação da organização da Volta a Itália foi tirar as rolhas às garrafas. Há outros desportos que o fazem, entre os quais o motociclismo e tiro.