A ex-ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque, garante que não está a violar a lei ou a ética ao ter aceite ser administradora não executiva da empresa britânica Arrow Global.
A empresa gere dívida pública portuguesa. Maria Luis Albuquerque é, por isso, apontada por ter aceite o cargo e continuar a ser deputada e ao mesmo tempo por ter aceite um cargo deste tipo quando, por ter sido ministra, possui informação privilegiada.
Em entrevista à RTP, Maria Luís diz que está a ser alvo de má-fé.
“Para mim a ética não é uma questão de tempo. Se em algum momento eu tivesse algum acto enquanto governante dado a esta empresa algum tipo de tratamento privilegiado ou algum tipo de benefício, não iria trabalhar para esta empresa nem agora, nem daqui a três anos, nem daqui a cinco, nem daqui a seis. Para mim a ética não é uma questão de tempo. Muitas das pessoas que falaram, falaram com ignorância, populismo e má-fé”, disse.
A ex-ministra das Finanças foi ouvida esta quinta-feira à porta fechada na subcomissão parlamentar de ética. No entanto, os deputados ficaram ainda com algumas dúvidas. O Bloco, o PCP e o PS vão pedir mais informações sobre o universo de empresas da Arrow Global para desvendar se receberam eventuais benefícios fiscais por parte do Estado português.