O Conselho de Segurança da ONU votou ume resolução exigindo o fim da construção de colonatos israelitas em territórios palestinianos ocupados (Cisjordânia e Jerusalém Oriental). Mais uma, depois de muitas ao longo dos anos. Com uma novidade: a resolução foi aprovada, pois os EUA não a vetaram, abstiveram-se.
O primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, e os partidos apoiantes do seu governo reagiram com indignação. Mas governos de direita, como o britânico e o espanhol, votaram a resolução. É que a multiplicação dos colonatos israelitas, além de ilegal, inviabiliza na prática um futuro Estado palestiniano. E é para evitar qualquer acordo de paz assente na coexistência de dois Estados, Israel e Palestina, que o governo de Telavive prossegue a política dos colonatos.
Política que irá continuar, porque Trump – que detesta os muçulmanos – é um apoiante de Netanyahu e quando tomar posse, daqui a menos de um mês, irá reverter esta última posição americana. Que Obama, que não se entendeu com Netanyahu, terá tomado para mero registo histórico. A paz no Médio Oriente está mais longe do que nunca.