O JPP (Juntos pelo Povo) vai votar contra o Orçamento Regional para 2025, apresentado pelo Executivo de Miguel Albuquerque.

Em comunicado, o partido anunciou a aprovação do sentido de voto por unanimidade numa reunião da Comissão Política Nacional.

“Uma análise cuidada desse Orçamento e das contas mostra infelizmente, que com este caminho de despesismo de Albuquerque, esbanjamento e distribuição de subsídios a torto e a direito, podemos estar à beira de uma nova bancarrota. E nesse caso, nem três orçamentos, salvarão as contas públicas, e como sempre, serão os madeirenses e o povo a pagar a fatura”, lê-se no documento.

Segundo o partido Juntos pelo Povo, com este Orçamento, “continua a pouca-vergonha do costume, o compadrio, as transferências de dinheiro do Povo para os amigos do partido e para alimentar os monopólios; os milhões de euros em nomeações políticas de arguidos e de clientelas; dinheiro de fundos comunitários para cooperativas de ex-secretários; nem um tostão do Orçamento para a habitação a preços reduzidos, e atenção com a despesa fora de controlo e a dívida a crescer a olhos vistos”.

O partido diz ainda que nunca recusou “reunir para falar sobre este Orçamento, acusando Miguel Albuquerque de ter rejeitado “sentar-se, com humildade e responsabilidade, à mesa com os representantes do Povo”.

“Albuquerque esteve com medo de enfrentar a verdade, e a realidade, com sentido de Estado e de compromisso, tal como nós sempre tivemos”, lê-se na nota.

Apesar de reconhecer que “o cenário sem o orçamento não é o ideal”, o JPP considera que “também não é a catástrofe e a desgraça que Albuquerque anda a semear”.

“É necessário parar para acertar o passo. E parar não significa que a vida social, económica e cultural vai estagnar”, defende.

Para o partido Juntos pelo Povo “urge fazer uma verdadeira limpeza de toda esta situação, e trazer uma nova esperança”.

Com medidas para reduzir o custo de vida, para baixar o preço da luz e do gás, dos bens de supermercado, colocar um ferry para passageiros e mercadorias, um subsídio de insularidade para todos os trabalhadores do público e do privado, mais habitação para jovens e classe média e um reforço do complemento de reforma”, exemplifica.

A proposta de Orçamento Regional para 2025 tem discussão agendada para os dias 9, 10, 11 e 12 de dezembro. O debate da moção de censura apresentada pelo Chega está marcado para 17 de dezembro. Tanto o PS como o JPP (Juntos Pelo Povo) já anunciaram a votação favorável à moção de censura, o que pode ser suficiente para derrubar o Governo.