Marcelo Rebelo de Sousa pediu um consenso entre o PS e o PSD relativamente ao novo aeroporto de Lisboa. Em entrevista à Renascença esta segunda-feira, António Costa não descartou essa possibilidade. Mas defendeu que Rui Rio deve clarificar o que pretende fazer. E trouxe para a conversa o nome de Passos Coelho e de Carlos Moedas.
Segundo o socialista, o seu Governo herdou e “aceitou” a solução Montijo do executivo de Passos Coelho. Com Rui Rio na liderança do PSD, porém, não foi possível avançar. “O máximo que conseguimos obter do PSD foi um estudo, a avaliação ambiental estratégia”, queixou-se.
Costa revelou que já conversou com Carlos Moedas, autarca lisboeta que pertenceu ao Governo de Passos, e este lhe garantiu que “mantém a mesma posição”.
"Nós aceitámos a solução de Passos Coelho, quem mudou foi o PSD. Estamos na fase de aguardar a avaliação ambiental para avançar. Espero que não haja novas vicissitudes políticas. Já falei com o novo presidente da Câmara de Lisboa, que mantém a opção que tinha”, disse.
Em dezembro, o Presidente da República apelou para a necessidade de um “consenso mínimo nacional” sobre o novo aeroporto de Lisboa, e não esperar pelos resultados das eleições legislativas.
“Certamente, o que é medíocre é adiar o que tem que ser decidido”, disse.
Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar), aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar) e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.
Em 18 de outubro, o Governo lançou um concurso público internacional para a realização da avaliação ambiental estratégica da futura solução aeroportuária de Lisboa.
Em entrevista à Renascença esta segunda-feira, António Costa falou sobre cenários pós-eleitorais, soluções para a falta de professores e outros temas.