Os lança-granadas foguete furtados na base de Tancos “provavelmente não poderão ser utlizados com eficácia”, revela o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Pina Monteiro.
No final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, o general declarou que "os lança-granadas foguete roubados, provavelmente, não poderão ser utlizados com eficácia, porque estavam seleccionados para serem abatidos".
O CEMGFA considera que estas armas eram talvez as que maior perigo poderiam representar da lista de material furtado em Tancos.
O general Pina Monteiro também revelou quanto custaram ao Estado as armas roubadas.
“Depois de uma avaliação muito detalhada sobre as condições
do material roubado, importa referir que tem o valor de cerca de 34 mil euros, o
que não significa que isto não tenha importância. Tem”, sublinhou.
O chefe de Estado Maior General das Forças Armadas confessa que o assalto a Tancos foi um "soco no estômago", mas "os chefes miliares levantaram logo a cabeça". “Não caímos, estamos direitos, prontos para continuar a garantir a confiança dos portugueses nas Forças Armadas."
"Há lições a tirar. Vão ser tiradas. Há medidas que vão ser tomadas a curto e médio prazo”, afirmou o general Pina Monteiro, para quem "o que aconteceu é um ensinamennto para todos nós".
O CEMGFA falava na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, no final de uma reunião com António Costa, com o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e com os chefes dos três ramos das Forças Armadas.
Na sua declaração, o primeiro-ministro reforçou a confiança no ministro da Defesa e no chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte, na sequência do caso do furto de armas de guerra em Tancos.