O presidente da Câmara de Caminha, o socialista Miguel Alves, está “muito surpreendido e incomodado” com o “timing desastroso” da abertura da consulta pública do relatório ambiental sobre a exploração de lítio.
Em declarações à Renascença, Miguel Alves garante que desconhecia que o relatório ambiental preliminar estava concluído.
“O modo como ele foi colocado em debate um dia depois das últimas eleições abriu espaço para a especulação e as populações, que já têm alguma desconfiança, entendem que houve uma espécie de conluio entre o Governo e os autarcas para que este tema não saísse à ribalta durante o período eleitoral”, lamenta o presidente da Câmara de Caminha.
Os autarcas das zonas que podem ter explorações de lítio querem o prolongamento do prazo para se pronunciarem, refere o também presidente da federação Socialista de Viana do Castelo.
A Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) colocou na terça-feira em consulta pública o relatório de avaliação ambiental preliminar do Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio das oito potenciais áreas para lançamento de procedimento concursal.
O período de consulta está disponível até ao dia 10 de novembro.