Todo o perímetro do incêndio que começou domingo, em Cortinhas, no concelho de Murça, encontra-se em consolidação de rescaldo e vigilância, tendo, ao longo de quatro dias, atingido "mais de 10.000" hectares em três concelhos.
"O incêndio está dominado desde ontem (quarta-feira), hoje tivemos algumas reativações, foram prontamente combatidas e dominadas pelos operacionais presentes no terreno e, portanto, a situação neste momento está estável. Está em consolidação de rescaldo e vigilância em todo o seu perímetro", afirmou o segundo-comandante regional do Norte, Armando Silva.
O fogo começou domingo à tarde em Cortinhas, em Murça, e estendeu-se, depois, aos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e de Valpaços.
"Os meios foram chegando conforme as necessidades e, neste momento, temos um dispositivo ainda aqui de 610 operacionais, apoiados por 185 veículos, temos quatro máquinas de rasto em apoio às operações das tais reativações que têm pontualmente aparecido", afirmou Armando Silva, que lembrou que, durante o dia, estiveram a operar no local quatro meios aéreos.
O segundo-comandante reforçou, num ponto de situação feito pelas 20h15, que a "situação está completamente dominada neste momento".
"Foi claramente uma ocorrência de grande complexidade", afirmou.
No teatro de operações chegaram a estar mais de 800 operacionais, entre bombeiros de vários pontos do país, militares de diferentes valências da GNR, as Forças Armadas, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Cruz Vermelha Portuguesa, INEM e a Força Especial de Bombeiros da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.
"Enquanto for necessário irão manter-se (os meios) no terreno", disse Armando Silva, acrescentando que os "meios estão espalhados por todo o perímetro, com maior incidência naquilo que foi identificado como os pontos de maior risco de reativação" .