O presidente do Chega manifestou hoje a disponibilidade do partido para viabilizar um orçamento retificativo que seja apresentado por um governo da AD se acolher as reivindicações das forças de segurança e dos professores e diminuir impostos
"Se o orçamento retificativo se cingir em matéria de correção ao outro orçamento do PS a três ou quatro pontos, o Chega está aberto a verificar a possibilidade de o avaliar. Se equiparar o suplemento de missão aos polícias, se recuperar o tempo de serviço dos professores, se conseguir dar aos enfermeiros algumas das suas revindicações históricas, se diminuir impostos, porque temos aqui uma altíssima carga fiscal… se este retificativo conseguir dar sinais nestas matérias, o Chega está disponível para trabalhar e para o avaliar, e para o viabilizar”, afirmou.
André Ventura falava aos jornalistas em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, em Lisboa.
O líder do Chega ressalvou que, quanto ao orçamento do Estado para 2025 e posteriores, “não há nenhuma possibilidade de ser viabilizado” sem “haver um acordo”.
“É muito diferente viabilizar um orçamento retificativo e um Orçamento Geral do Estado em período normal, porque esse é um instrumento de política macroeconómica”, afirmou.
Nesta conferência de imprensa, o presidente do Chega comentou também os resultados nos círculos da emigração, reclamando uma vitória, numa altura em que ainda não terminou a contagem dos votos.
André Ventura afirmou que o Chega elegerá dois deputados, um pelo círculo da Europa e outro pelo círculo Fora da Europa, e “ficará largamente à frente em número de votos conjugando os dois círculos”.
André Ventura referiu igualmente que o Chega “terá vencido a candidatura de Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, no círculo Fora da Europa”.
“Esta é uma vitória particularmente importante, porque é o símbolo da vitória da humildade sobre a arrogância, da democracia sobre a cegueira ideológica e institucional, é um símbolo da vitória do Chega sobre o sistema socialista que nos últimos anos, ancorado numa maioria absoluta, tinha aniquilado, censurado e atacado persistentemente o Chega”, defendeu.