A ASAE detetou, nos últimos três meses, oscilações de preços de até 65% entre o que estava indicado na prateleira e o que foi apontado na caixa, depois de levado pelos clientes.
À Renascença, o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, refere que, num universo de 562 operadores fiscalizados, a autoridade detetou 26 operações deste género. Ou seja, 4,5% de incumprimento, que pode configurar crime de especulação.
"Tem um preço tabulado na prateleira, como 50 cêntimos, por exemplo, e depois, ao passar na caixa, custa 60 cêntimos, um euro, etc", explica.
Pedro Portugal Gaspar indica que há processos "em fase de investigação" e que é habitual detetar estas situações "em produtos que estão em promoção".
O inspetor-geral da ASAE não comenta se há intencionalidade dos operadores, nestes casos, mas pede que não coloquem os produtos à venda "sem antes aferir as suas condições" para que se dissipem dúvidas.