Os atentados de Paris levaram ao aumento dos cancelamentos de viagens para a capital francesa e ao decréscimo nas reservas. A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) não avança números, mas detecta o efeito das investidas terroristas, considerando-o natural.
O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, diz à Renascença que este efeito de retracção foi sentido logo nas horas seguintes. “No próprio fim-de-semana, tivemos reservas que estavam efectuadas e o consumidor não apareceu. E estamos a falar também de uma série de cancelamentos, não tanto pelo receio que alguma coisa possa acontecer, mas pelo clima de tensão que lá se vive”, diz.
O responsável da APAVT diz que é natural esta reacção de haver um impacto negativo imediato, como natural é também que o fenómeno não se prolongue, não criando, assim, grandes repercussões no desempenho global do sector.
Paris regressa, ainda que lentamente, à normalidade e Costa Ferreira assegura que a capital francesa continua a ser um destino seguro: “A secretaria de Estado não inibe nenhuma viagem para Paris. Apenas dá algumas informações importantes para quando se está em ajuntamentos públicos ou em sítios públicos. É este tipo de clima que não cola bem com o exercício de férias e é mais por isso que há uma diminuição das pessoas a irem para este sítio.”
"Dentro de três a quatro semanas tudo estará completamente normalizado”, reforça, lembrando: "Foi assim em Londres. Foi assim, inclusivamente, em Paris, quando tivemos os acontecimentos relacionados com o Charlie Hebdo. Nesses casos, num espaço de 10 dias, todos os fluxos estavam completamente normalizados."