O Parlamento iraquiano aprovou este domingo uma moção que pede ao Governo que revogue o convite às Forças Armadas americanas para estarem no país.
A medida é uma consequência direta do ataque dos Estados Unidos a uma comitiva, perto do aeroporto de Bagdad, onde viajava Qassem Soleimani, o número dois do regime iraniano, que é aliado do Iraque mas inimigo dos Estados Unidos.
A medida não é vinculativa, mas corresponde ao desejo expresso já pelo primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi para pôr termo à presença militar americana no Iraque.
No texto da moção os deputados pedem ao Governo para pôr fim ao uso do território, espaço aéreo e marítimo do Iraque, por qualquer razão, por parte de forças estrangeiras, o que inclui necessariamente as forças aliadas dos americanos, incluindo as portuguesas que se encontram no país.
O parlamento convida o Governo a comprometer-se para “revogar o pedido de assistência à coligação internacional para combater o Estado Islâmico, dado que as operações militares no Iraque já terminaram e a vitória foi alcançada”.
“O Governo iraquiano deve trabalhar no sentido de terminar a presença de quaisquer tropas estrangeiras em solo iraquiano e proibi-las de usar o seu território, espaço aéreo ou água, por qualquer razão”.