Marcelo Rebelo de Sousa não se compromete com uma posição clara sobre a questão da eutanásia, no caso de ganhar as eleições para Presidente da República.
Em entrevista à Renascença, e questionado sobre o que fará caso lhe chegue às mãos legislação que permita a eutanásia em Portugal, o candidato é evasivo na resposta.
“Há uma ponderação que é preciso fazer porque estamos perante uma realidade que é muito sensível, que é a vida humana, e depois outras realidades a que a sociedade contemporânea é crescentemente sensível, que são as realidades do sofrimento. Há, de facto, na sociedade contemporânea uma grande sensibilidade a essa realidade", diz.
“Portanto, eu teria de olhar para a lei e ver se no quadro daquilo que eu entendo que é a conjugação da minha convicção, das minhas convicções, com a avaliação objectiva da realidade que ali me é apresentada se se justificava tomar uma posição positiva ou negativa”, diz o candidato.
Marcelo Rebelo de Sousa identifica-se como católico, sendo que a Igreja é contra qualquer forma de legalização da eutanásia.
Esta é a segunda vez que Marcelo é questionado sobre o assunto, recusando dar uma resposta directa. No início de Novembro, numa conversa com Maria João Avillez na Capela do Rato, quando confrontado com a possibilidade de ter de assinar uma lei sobre a eutanásia ou o aborto, o candidato respondeu que dependeria do que dizia a lei.
"A minha posição já sabem qual é", disse, salientando que em ambos os referendos sobre o aborto tomou posição pública pelo "não".