Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se hoje na Lixa, Felgueiras, contra a prospeção de lítio na zona do Seixoso, devido aos impactos na natureza e economia, segundo os organizadores.
Mário Teixeira, do "Movimento Seixoso - Lítio Não", que organizou o protesto, disse aos jornalistas que se pretende evitar que aquela zona se mantenha como uma possibilidade para a exploração de lítio.
"Estamos aqui na rua e vamos lutar até ao fim, até às últimas consequências", comentou aos jornalistas.
Para o ativista, não se entende como é que uma região tão industrializada e com tanta população, como o Vale do Sousa, no distrito do Porto, poderá ter "uma exploração mineira com fortes impactes".
Recordou, ainda, haver receio que várias parcelas de terreno venham a ser expropriadas se for descoberto lítio, prejudicando os seus proprietários.
Além disso, acrescentou, a exploração será "extremamente grave", tendo em conta os "impactos ambientais gravíssimos" na flora, na fauna e poluição sonora.
O movimento está a recolher assinaturas para uma petição que, prometem os ativistas, será levada à Assembleia da República.
Caso a vontade popular não vá por diante, o movimento promete "recorrer a todas as vias, incluindo os tribunais".
Para Mário Teixeira, tem havido falta de informação sobre o processo, recordando que, só em 2022, se soube que ia avançar a prospeção.
Criticou, por outro lado, as câmaras municipais e as juntas de freguesia por "não fazerem sessões de esclarecimento sobre o assunto", apesar de os municípios, admitiu, "pouco mais poderem fazer".
"O Governo é que está a meter a região neste grande sarilho", sublinhou.