O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediu esta sexta-feira ao Supremo Tribunal que interceda por si no processo judicial em que é acusado de ter tentado alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Trump, que compareceu na quinta-feira perante um tribunal em Washington, onde alegou inocência de todas as acusações, acusa a oposição Democrata de criar constrangimentos à sua candidatura para as eleições de 2024, dizendo que está a ser vítima de uma cabala política.
"Estou à frente em todas as sondagens (...) mas este não é um campo de jogo nivelado. Trata-se de interferência eleitoral e o Supremo Tribunal deve interceder", disse hoje Trump, apelando à interferência deste órgão judicial onde existe uma maioria conservadora reforçada por si quando estava na Casa Branca (2017-2021).
Numa mensagem na rede social Truth, o ex-Presidente alegou que os recursos que deveria estar a usar em comícios estão a ser desviados no "combate aos bandidos da esquerda radical em vários tribunais do país".
Apesar dos inúmeros processos judiciais que enfrenta, Trump ainda aparece como favorito indiscutível nas sondagens para as primárias Republicanas do próximo ano.
Na quinta-feira, a juíza Moxila Upadhyaya concordou em libertar Trump, após a sessão em que o ex-Presidente se declarou "não culpado" das acusações de tentativa de alteração de resultados eleitorais, marcando para 28 de agosto a próxima audiência.
Trump foi libertado sob condições como a de não ter contacto sobre o caso com nenhuma testemunha, a não ser que estejam presentes advogados.
A juíza leu as quatro acusações que o Republicano enfrenta: conspiração para defraudar os Estados Unidos, conspiração para obstruir um procedimento oficial, envolvendo o processo de certificação de voto no Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a conspiração para fazer essa obstrução, e conspiração por violação de direitos civis, relacionada com tentativas de reverter a seu favor os resultados eleitorais em diferentes estados nas eleições de 2020.