O ministro russo dos Negócios Estrangeiros prometeu esta terça-feira que haverá "zero misericórdia" para os responsáveis pelo assassínio de Daria Dugina, filha de um influente ideólogo de Vladimir Putin, que morreu numa explosão no passado sábado, nos arredores de Moscovo.
Em conferência de imprensa, Sergei Lavrov adiantou que está em curso uma investigação à morte da jornalista e filha de Alexander Dugin, hoje velada por centenas de pessoas na capital russa.
"Esperamos que a nossa investigação esteja concluída em breve. E com base nos resultados desta investigação, não poderá haver misericórdia para aqueles que organizaram, ordenaram e executaram [este ataque]."
No velório de Dugina, na estação de televisão Ostankino, as pessoas foram trazendo flores ao longo do dia e prestando as suas homenagens. "Ela morreu pelo seu povo e pela Rússia", disse Dugin no arranque das cerimónias fúnebres.
Oficiais russos já acusaram publicamente a Ucrânia de estar por trás do ataque, com os serviços secretos russos (FSB) a indicarem que a responsável pelo ataque foi uma ucraniana nascida em 1979, que chegou à Rússia em julho com a filha menor.
Kiev rejeita todas as acusações e diz que os responsáveis poderão ser mesmo os serviços secretos russos.
“O FSB [Serviço Federal de Segurança da Federação Russa] fê-lo [o homicídio] e agora estão dizer que foi alguém do nosso lado que o cometeu", acusou esta terça-feira Oleksii Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia.
Uma terceira versão, avançada no rescaldo do ataque por um investigador russo exilado em Kiev, sugere que Dugina poderá ter sido morta por um grupo de dissidentes russos anti-Putin que se opõem à guerra na Ucrânia.