Papa no Angelus: “A violência mata o futuro"
27-11-2022 - 12:05
 • Aura Miguel

A violência na Terra Santa e a situação na Ucrânia foram duas das questões abordadas por Francisco.

O Papa está preocupado com o aumento da violência na Terra Santa e apela aos Estados da Palestina e de Israel para darem prioridade ao diálogo.

No final da oração do Angelus deste domingo, Francisco lamentou a violência dos confrontos que não abrandam e os atentados da passada quarta-feira, que feriram várias pessoas e mataram dois jovens, um israelita e um palestiniano.

“A violência mata o futuro, destruindo a vida dos mais jovens e enfraquecendo as esperanças de paz. Rezemos por estes jovens mortos, pelas suas famílias e, em particular, pelas suas mães”, disse o Papa.

“Espero que as autoridades israelitas e palestinianas, dêem prioridade à busca do diálogo, construindo a confiança recíproca, sem a qual nunca haverá uma solução de paz na Terra Santa."

O Papa lamentou ainda a morte por frio de um sem abrigo que viva na zona da Colunata da Praça de São Pedro e, a propósito de uma manifestação realizada em Roma, contra a violência das mulheres, reconheceu que "infelizmente, é uma realidade generalizada, espalhada por todo o lado, e é também usada como arma de guerra”.

Por isso, Francisco deixou mais um apelo: ”Não nos cansemos de dizer não à guerra, não à violência; sim ao diálogo, sim à paz, em particular, para o martirizado povo ucraniano."

Conselhos do Papa para este Advento

Neste primeiro domingo do Advento, o Papa explicou como é que Jesus está presente nas coisas normais e quotidianas da vida” e como O podemos reconhecer. Deus esconde-se nas situações mais comuns e ordinárias de nossa vida, não vem em eventos extraordinários, mas nas coisas do dia-a-dia, no nosso trabalho, num encontro casual, no rosto de uma pessoa necessitada”, afirmou.

“E até mesmo quando enfrentamos dias que parecem cinzentos e monótonos, o Senhor está ali, chama-nos fala e inspira as nossas ações."

Há, no entanto, uma condição para O reconhecer: “Devemos estar acordados, atentos, vigilantes, pois existe o perigo de não percebermos a sua vinda e não estarmos preparados para a sua visita.” Ou seja, “Ele passar e eu não o reconhecer!"

Francisco espera que, neste tempo do Advento “nos deixemos abanar do nosso torpor e despertar do sono” e interrogou cada um: “Estou consciente do que vivo, estou atento, estou acordado? Procuro reconhecer a presença de Deus nas situações quotidianas ou estou distraído e um pouco esmagado pelas coisas?” É que, “se não percebermos a sua vinda hoje, também não estaremos preparados quando Ele vier no fim dos tempos. Portanto, permaneçamos vigilantes!”, afirmou.