O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu que o Ocidente deve enviar para a Ucrânia “mais armas pesadas” de maneira a combater a “brutal invasão” das forças russas na região ucraniana de Donbass.
“Sim, a Ucrânia deveria ter mais armas pesadas. Os aliados da NATO têm fornecido armas pesadas há algum tempo, mas estão agora a aumentar estes esforços”, realçou o responsável máximo da aliança militar durante uma conferência de imprensa em Haia, após uma reunião com líderes de sete países europeus na qual também esteve presente o primeiro-ministro português, António Costa.
Na terça-feira, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, indicou que o país apenas recebeu uma parte das armas que pediu, com o primeiro-ministro polaco a apontar que o Ocidente “não está a fazer o suficiente” para apoiar a Ucrânia.
Na reunião, onde também estiveram os líderes de Bélgica, Dinamarca, Roménia e Letónia, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, defendeu que é necessário evitar um “confronto direto com a Rússia”.
“Em termos de armamento, estamos em sintonia de que é crucial que a Rússia perca. Temos de garantir que a Ucrânia pode combater esta guerra e que tem acesso a todo o armamento necessário”, disse Rutte em antevisão à cimeira da NATO, que tem lugar em Madrid nos dias 29 e 30 de junho.
As forças russas concentraram nas últimas semanas a ofensiva no Donbass, região que segundo as autoridades ucranianas controlam praticamente na totalidade, e o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem apelado ao Ocidente para que envie mais equipamento militar para travar o avanço de Moscovo.