Inundações em Valência em destaque na Praça de S. Pedro
06-11-2024 - 10:16
 • Aura Miguel

Na audiência geral desta quarta-feira, Francisco pediu também orações por outros povos que sofrem, como a Ucrânia, Israel e Gaza, onde “no outro dia foram assassinados 153 civis que iam na rua. Muito triste”, disse.

Antes de começar a habitual catequese das quartas-feiras, o Santo Padre saudou uma pequena Imagem da Virgem colocada num pedestal, com flores, junto à cadeira papal.

Francisco explicou aos fiéis tratar-se da Virgem dos desamparados, a padroeira de Valência. Referindo-se aos sofrimentos desta região e de outras partes da Espanha que estão debaixo de água, afirmou: “Quis ter aqui hoje a padroeira de Valência, esta pequena imagem que os próprios valencianos me ofereceram”, disse o Papa. “Rezemos hoje de modo especial por Valência e por outras zonas de Espanha que estão a sofrer inundações”.

O seu apelo viria a ser reforçado no final da catequese. Francisco pediu também orações por outros povos que sofrem, como a Ucrânia, Israel e Gaza, onde “no outro dia foram assassinados 153 civis que iam na rua. Muito triste”, disse.

Rezar não é falar ao telefone com Deus

A catequese desta quarta-feira foi dedicada à oração. “Na verdade, não sabemos rezar”, disse o Papa, invocando um ditado latino “mali, mala, male petimus”, que significa: sendo maus (mali), pedimos as coisas erradas (mala) e da forma errada (male).

Francisco alertou para a tendência em procurar, antes de mais, os nossos interesses “e esquecemo-nos completamente de pedir o reino de Deus”. Por isso, “o Espírito Santo vem em socorro da nossa fraqueza, mas faz algo muito mais importante, certifica-nos que somos filhos de Deus e põe nos nossos lábios o grito: Abbá! Pai!”, afirmou.

O Santo Padre explicou que a oração cristã "não é o homem que fala com Deus de um lado do telefone para o outro, mas é Deus que reza em nós”. É o Espírito quem nos ajuda “para podermos reconhecer, como filhos, a nossa fragilidade e pedir, em primeiro lugar, o Reino de Deus e reconhecer a misericórdia do Pai que nos ama e perdoa incondicionalmente”, concluiu.

No final da audiência geral, dirigindo-se aos fiéis de língua portuguesa, o Papa saudou especialmente a Corporação de Bombeiros de Borba.