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A lei portuguesa não permite retirar nacionalidade a Roman Abramovich por razões políticas, esclarece o Ministério da Justiça em resposta à Renascença.
As sanções europeias na sequência da guerra na Ucrânia também não têm implicações no caso que está a ser ainda investigado, relacionado com a naturalização de descendentes de judeus sefarditas, refere o Governo.
As sanções do Reino Unido ao oligarca russo, que também tem nacionalidade portuguesa, não se aplicam em Portugal, adianta o gabinete da ministra Francisca Van Dunem.
As sanções do Reino Unido nada têm a ver com o que possam fazer os restantes países, refere a mesma fonte.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito à atribuição de nacionalidade portuguesa a Roman Abramovich, avançou a Renascença a 18 de janeiro deste ano.
O inquérito à naturalização de Abramovich, ao abrigo da lei de nacionalidade dos judeus sefarditas, corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa
O dono do Chelsea, e figura próxima do Presidente russo, Vladimir Putin, obteve nacionalidade portuguesa em abril de 2021, num processo que terá sido aprovado e finalizado em tempo recorde.
A Renascença avançou a 12 de janeiro que o processo de naturalização Roman Abramovich motivou inquérito interno do Instituto de Registos e Notariado (IRN).
O governo do Reino Unido congelou esta quinta-feira os bens de Roman Abramovich, incluindo o Chelsea Football Club, de que o empresário é dono, no âmbito das sanções a oligarcas russos, a propósito da guerra na Ucrânia.
No dia 2 de março, Abramovich colocou o Chelsea à venda, em defesa "do interesse do clube, dos adeptos, dos colaboradores, bem como dos patrocinadores e parceiros do clube". O Chelsea recebeu uma licença especial para continuar a desenvolver a sua atividade futebolística, no entanto, este congelamento suspende, para já, a sua venda.