A China anunciou esta segunda-feira a retirada em segurança de 24 cidadãos chineses do Haiti, país que se encontra numa situação tensa que ameaça a segurança de pessoas e instituições.
Em resposta à crise no país das Caraíbas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês ativou o mecanismo de proteção consular para proteger os seus cidadãos na ilha.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros, em coordenação com as autoridades locais e outros departamentos relevantes, instruiu as instituições chinesas no estrangeiro para acompanharem de perto a situação e tomarem medidas para proteger os cidadãos chineses", de acordo com um comunicado publicado na rede social chinesa WeChat.
Na sexta-feira, um grupo de 24 cidadãos chineses que pretendia deixar o Haiti foi transferido em segurança para a República Dominicana, numa operação realizada pelas autoridades dos dois países, localizados em São Domingos, a segunda maior ilha do arquipélago das Grandes Antilhas.
Desde 29 de fevereiro que o Haiti está mergulhado numa crise, com a escalada da violência de grupos criminosos, que controlam 80% da área metropolitana da capital, Porto Príncipe.
A instabilidade política e a grave crise humanitária fazem também com que a população sofra de escassez de recursos básicos e viva com medo constante de raptos e extorsões.
A comunidade internacional está à procura de soluções, mas ainda não existe um plano claro para tentar resolver a situação.
Há uma semana, foi alcançado um acordo sobre a criação de um conselho presidencial de transição, que deverá nomear um novo primeiro-ministro e abrir caminho para eleições presidenciais.
O atual primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, impedido de regressar ao país devido ao encerramento dos aeroportos, anunciou já que vai apresentar a demissão assim que o conselho presidencial de transição for implementado.