O presidente do PSD acusou hoje o PS de ainda não ter recuperado o país da "queda que ele próprio provocou com a bancarrota para que atirou Portugal", considerando que se tem perdido "muito tempo" com a governação socialista.
Numa publicação na rede social Twitter, Rui Rio responde a uma outra feita por António Costa, horas antes, em que o primeiro-ministro assegura que o Governo vai prosseguir o objetivo de reforço do peso dos salários no PIB para a média europeia, acompanhando o texto de um gráfico onde se vê a evolução crescente desse peso nos últimos anos, depois de uma queda a partir de 2011.
"O gráfico do peso dos salários no PIB que o Sr. primeiro-ministro aqui publica é ilustrativo: em seis anos de governação, o PS ainda não conseguiu recuperar totalmente a queda que ele próprio provocou com a bancarrota para que atirou Portugal. É muito o tempo que temos perdido com o PS a governar", acusa Rio.
No gráfico publicado pelo primeiro-ministro sobre o peso das remunerações no Produto Interno Bruto (PIB), é destacado que entre 2016 e 2021, anos em que António Costa liderou o Governo do país, houve um crescimento em Portugal de 17,5% desse indicador e uma aproximação em relação à média da zona euro.
No entanto, é possível ver no gráfico que foi a partir de 2011 - ano em que Portugal pediu ajuda externa à "troika" - que o peso das remunerações no PIB em Portugal se afastou ainda mais da média europeia e que em 2021 ainda não voltou ao ponto em que se estava naquele ano.
No quadro publicado pelo primeiro-ministro, prevê-se ainda que entre 2022 e 2026 o crescimento do peso das remunerações no PIB seja em Portugal de 20%, atingindo-se no final da legislatura uma convergência com a zona euro neste indicador.
O pedido de ajuda externa foi feito em abril de 2011 pelo Governo PS liderado por José Sócrates, que se demitiu, tendo-se seguido um executivo PSD/CDS-PP que governou entre 2011 e 2015.
António Costa assumiu o cargo de primeiro-ministro em novembro de 2015, tendo liderado o XXI, XXII e, atualmente, o XXIII Governo Constitucional.