Na mensagem para o Dia Mundial do Doente, o bispo da Diocese de Viseu questiona-se sobre a resposta que é dada aos mais vulneráveis, em tempos de pandemia da Covid-19.
“Ao olharmos para os cenários em que vivem os idosos em lares e outras instituições de apoio social, em casa com a família, perguntamo-nos quantas pessoas, vulneráveis e doentes, ficaram fora deste cuidado no período da pandemia?”, afirma D. António Lucioano, questionando, depois, “qual é o valor da pessoa humana? Quem é a pessoa humana? Como está a ser cuidada a pessoa humana? Quais são as vulnerabilidades da pessoa humana?”.
Explica que a vivência do Dia Mundial do Doente lança perguntas sobre o que está a Igreja a fazer no presente “através da pastoral do acolhimento, do cuidado, do serviço em proximidade e da organização da pastoral da saúde, e social nas nossas paróquias e na nossa diocese”.
“Desde já somos chamados a regenerar a pessoa humana e a sociedade que emerge de uma crise sanitária, humana, social e económica nunca antes vista. Diante deste cenário o Papa Francisco pede à Igreja que apareça como resposta, ‘em saída’, tornando-se o verdadeiro ícone do serviço à imagem do ´Bom Samaritano’”, recorda o bispo de Viseu.
“Que não nos falte a força, a coragem, a empatia, a resiliência”, pede.
Segundo o bispo de Viseu “somos desafiados a cuidar dos doentes com humanismo, com qualidade de vida, com rigor científico médico, com boas práticas e cuidados de enfermagem diferenciados no respeito pela antropologia, filosofia e ética”.
“Condenamos todas as formas que atentam contra a vida humana, desrespeitam a sua dignidade de pessoa, de modo particular atentam na destruição da sua existência, seja de que modo for, quer pela legalização da eutanásia ou do suicídio assistido.”
O bispo de Viseu, enfermeiro de formação, repudia “todas as formas de atentado contra a vida humana”. “Queremos dar sentido à vida, esperança à doença, luz ao sofrimento”, especifica.
“Cuidar bem é salvar a vida integral. Se houver mais amor no coração da pessoa humana, o mundo será outro: mais belo, mais fraterno, mais justo e mais solidário”, conclui.