A diocese de Nova Iorque anunciou esta quarta-feira que está a ser investigada uma alegação credível de abusos sexuais praticados pelo cardeal Theodore McCarrick, antigo arcebispo de Washington.
Segundo a declaração assinada pelo cardeal Timothy Dolan, de Nova Iorque, trata-se de apenas uma alegação, que data de há quase 50 anos e os abusos teriam sido praticados sobre um adolescente. O sexo do queixoso não foi revelado.
Antes de ser nomeado bispo, McCarrick era padre em Nova Iorque e é lá que terá acontecido o alegado caso de abuso.
Quando a diocese foi informada da suspeita, explica Dolan, o caso foi de imediato entregue às autoridades policiais, que levaram a cabo uma “investigação rigorosa”. Essa investigação concluiu que a alegação era “credível e substanciada”.
O cardeal McCarrick tem acompanhado a investigação e colaborado, embora mantenha a sua inocência. Todavia, enquanto os trabalhos não forem concluídos o Papa Francisco suspendeu-o de atividade pastoral pública.
McCarrick já reagiu publicamente, insistindo na sua inocência, mas aceitando a decisão do Vaticano. “Embora chocado pelo relatório, e mantendo a minha inocência, considerei essencial que as acusações sejam participadas à polícia e rigorosamente investigadas por uma agência independente”, diz.
“Compreendo que esta notícia seja um choque para os meus muitos amigos, familiares e pessoas que tive a honra de servir nos meus sessenta anos de sacerdócio”.
O cardeal diz que não tem qualquer memória do alegado abuso. “Acredito na minha inocência e lamento a dor por que passou a pessoa que fez a acusação, bem como o escândalo que estas acusações causam”, afirma ainda.