O Benfica está a preparar uma resposta à acusação do Ministério Público, em relação ao caso "e-toupeira".
A SAD do Benfica e o assessor jurídico Paulo Gonçalves são acusados no total de 109 crimes. Só a SAD do Benfica é acusada de um crime de corrupção activa, um crime de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 28 crimes de falsidade informática.
No documento de resposta à acusação, Bola Branca sabe que o Benfica argumenta que está perante uma acusação "incapaz de apresentar qualquer facto ou prova concreta sobre os crimes imputados à SAD" e que se limita a basear "num conjunto de deduções genéricas sem qualquer tipo de elementos de prova claros e inequívocos".
O Benfica argumenta ainda que "não existe qualquer conexão entre os factos imputados a qualquer dos arguidos, bem como em que momento, circunstância, de que forma e que uso foi dado por qualquer elemento da SAD à informação que supostamente teria tido acesso".
Nos fundamentos do Ministério Público para a acusação de um crime de corrupção ativa, está em causa a eventual oferta a um arguido de um blusão de 258 euros, três camisolas e bilhetes de acesso a jogos do clube.
O Benfica argumenta ainda que a acusação "sem qualquer elemento de prova considerou, por mera dedução, que as eventuais ofertas teriam sido feitas com o conhecimento e autorização da SAD e, como contrapartida, sobre informações que em nenhum momento conseguem provar de que modo e em que circunstâncias a SAD teria acesso a elas".
O Benfica garante ainda que ao contrário do que hoje é divulgado, em "nenhum momento se prova que o presidente da SAD tivesse conhecimento dos factos imputados".
O emblema encarnado considera ainda que as medidas acessórias propostas pelo Ministério Público de eventual suspensão de seis meses a 3 anos da participação do clube em competições oficiais "desproporcionais e carecem de devido fundamento e enquadramento legal".
Bola Branca sabe que o Benfica aponta ao Ministério Público duplicidade de critérios, falando em insistente perseguição, e lembrando casos mediáticos em que estavam envolvidos dirigentes das SAD’s e estas não foram acusadas nem constituídas arguidas: o Benfica invoca os casos: “Apito Dourado”, “João Pinto”, “Envelope”, “Operação Fénix”, “Cardinal” e “Cashball”.