O porta-voz do Exército informa que nesta altura não foi constituído como arguido qualquer instrutor por causa da morte de dois militares no Curso de Comandos número 127, não existindo, por isso, fundamento para a suspensão de funções de qualquer dos elementos que integram as equipas de instrutores do curso.
Dos 67 formandos que iniciaram o Curso de Comandos, prosseguem apenas 30. Até ao momento 26 desistiram e nove foram eliminados do grupo. Os restantes dois acabaram por morrer depois de um treino, num dia particularmente quente, no início de Setembro.
Segundo um comunicado do Exército, enviado esta segunda-feira à noite para a Renascença, os processos de averiguações encontram-se em fase de instrução. “Nos mesmos visa-se apurar, com rigor e transparência, as circunstâncias em que ocorreram as mortes dos dois militares e a eventual existência de indícios de responsabilidade disciplinar imputável a qualquer militar”, lê-se.
O Exército solicitou ao INEM e aos hospitais do Barreiro e Curry Cabral o envio dos relatórios sobre a assistência prestada aos militares e irá solicitar os relatórios das autópsias logo que estes estejam concluídos.
A Inspecção Técnica Extraordinária, determinada por Sua Excelência o General Chefe do Estado-maior do Exército, está a ser conduzida pela Inspecção-geral do Exército.