"Os vigilantes estão descontentes". Fábio Miranda, presidente da Assembleia Geral da Associação Sindical da Segurança Privada, começa por lamentar os aumentos que as associações de empresas do sector quiseram negociar com os sindicatos.
"Sugeriram aumentos significativos, mas na realidade, eram outros. Aumentos de 5,5 por cento, quando nós propusemos 15 por cento. Contudo, e depois de ouvidos os nossos associados, decidimos não baixar dos 9,5 por cento", diz este sindicalista.
A Associação exige também "o fim da precariedade laboral na segurança privada, o fim do regime de adaptabilidade de 6 dias, a majoração do trabalho efetuado aos domingos em 50% e a igualdade no subsídio noturno para todos os trabalhadores".
Da parte das empresas, a recetividade a estas exigências foi nula.
"Nenhuma. Uma das associações de empresas de segurança privada praticamente terminou logo ali as negociações, quando falámos de aumentos de 9,5 por cento. Posteriormente, assinaram um contrato coletivo de trabalho com um outro Sindicato do sector, que prevê aumentos de 5,5 por cento", garante Fábio Miranda, que deixa uma pergunta.
"Nós sabemos que o governo estabeleceu 5 % de aumento para tudo o que ia para alem da contratação coletiva, por isso, estão a dar-nos o quê, mais meio por cento?"
O presidente da Assembleia Geral da Associação Sindical da Segurança Privada lembra que a dificuldade económica afeta todas as famílias, e que a dos vigilantes de segurança privada não é exceção.
"Também queremos condições dignas, e é por isso que estamos aqui".