Veja também:
Há acordo para aumentar o salário mínino nacional dos 530 para 557 euros, anunciou esta quinta-feira o presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, no final da reunião da concertação social.
"Temos um acordo", afirmou o patrão dos patrões em declarações aos jornalistas.
O aumento de 27 euros, que vai abranger cerca de 600 mil trabalhadores, entra em vigor em Janeiro.
A Taxa Social Única (TSU), as contribuições para a Segurança Social pagas pelo patrões, desce 1,25 pontos percentuais no salário mínimo, a partir de 31 de Janeiro, revelou António Saraiva.
A proposta inicial do Governo oferecia uma redução de 1 ponto percentual na TSU, que é de 23,75%.
Em declarações aos jornalista, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, defendeu que este acordo “não é um cabaz de Natal para os patrões, é uma boa notícia
para os trabalhadores” e um "bom resultado para Portugal". "Cometeremos um erro se desvalorizarmos a concertação social", salientou o governante.
O acordo vai ser assinado pela UGT. O líder da central sindical, Carlos Silva, admite que não está de acordo com a redução da TSU, "mas o aumento do salário mínimo nacional para 557 euros é importante para os trabalhadores e para o país".
“Mesmo com redução da TSU para as empresas há entrada de mais receitas para a
Segurança Social. A subida do salário mínimo é um estímulo à manutenção do
emprego e do combate ao desemprego”, defende o secretário-geral da UGT.
Quanto à CGTP fica de fora deste acordo para o salário mínino na concertação social. Arménio Carlos considera que os 557 euros são "insuficientes" e, perante os patrões e Governo, defendeu 600 euros já em Janeiro.