O Presidente da República remeteu este sábado comentários sobre o acordo entre PS, BE e PCP sobre a Lei de Bases da Saúde para quando o diploma chegar a Belém, frisando não ser "comentador político" nem ter "poderes divinatórios".
"O Presidente da República [PR] não é comentador político e muito menos tem poderes divinatórios", observou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas no Porto, à margem de um congresso sobre a diáspora, falando em relação ao acordo para a revisão da Lei de Bases da Saúde, anunciado na sexta-feira.
O chefe de Estado notou que "só o guião da votação" prevista para sexta-feira "são 300 páginas", acrescentando que já fez as contas e os diplomas devem chegar-lhe às mãos "apenas em agosto".
"Voltaremos a falar no fim de julho ou agosto, quando os diplomas chegarem e direi o que tiver a dizer", acrescentou.
Na sexta-feira, o secretário-geral do PS afirmou que o acordo alcançado com o Bloco de Esquerda e PCP no processo de revisão da Lei de Bases da Saúde respeita as "linhas vermelhas" colocadas pelo Presidente da República.
"O senhor Presidente da República fará a apreciação que entender. Tinha deixado relativamente claro quais eram as suas próprias linhas vermelhas. Na redação que foi agora encontrada, acho que se respeitam as linhas vermelhas que todos tinham traçado", sustentou António Costa.
Questionado ainda sobre uma eventual visita do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, a Portugal no final de agosto, Marcelo Rebelo de Sousa frisou não ter conhecimento de qualquer confirmação dessa visita.
"Vamos sabendo pelos jornais aquilo que os jornais acham que poderia ser uma visita, essa e outras, mas entre o conhecimento jornalístico e o existir uma formalização diplomática de qualquer visita ao estrangeiro ou de um Chefe de Estado estrangeiro a Portugal vai uma distância", vincou.