O treinador do Sporting, Rúben Amorim, assume que falhou “redondamente” os objetivos da época futebolística 2022/23 e sem confirmar a intenção de deixar o clube diz que no final da temporada avaliará o que é melhor para o Sporting.
O técnico aproveitou a conferência de imprensa de lançamento do jogo com o Vitória de Guimarães para esclarecer que “o que quis fazer” no final do encontro com a Juventus, na quinta-feira, “foi assumir as responsabilidades” e dizer que não foram atingidos “os objetivos mínimos”, além de que essa avaliação será feita "no final da época".
“Eu sou responsável pela parte desportiva e nós falhámos até ao momento. Estamos a falhar redondamente. E, portanto, temos de falar, enquanto clube. Eu tenho de falar com as pessoas, apresentar as minhas explicações e assumir a minha responsabilidade. E no fim vamos ver o que é melhor para o clube. Nada mais do que isso”, esclareceu Rúben Amorim.
"Isso não muda nada na vontade do treinador querer ficar ou [significa] que mudou de ideias e quer sair”, prosseguiu, lembrando que, como “cara do projeto desportivo” do Sporting, não se sentiria bem se não assumisse as suas responsabilidades perante a direção no final da época.
“Não posso fugir a isso, não me sentiria bem e até me sentiria um bocadinho envergonhado se não tivesse essa conversa com a direção e com o presidente. É apenas isso, sem dramas nenhuns, como em todas as empresas que não atingem os seus objetivos”, vincou.
Ainda sobre as suas palavras após a eliminação sofrida frente aos italianos, nos quartos de final da Liga Europa, Amorim manteve “o que disse sobre o avançado”, quando recordou que Liedson, Derlei e Slimani não conquistaram qualquer campeonato pelo Sporting, ao contrário de Paulinho e Tiago Tomás.
“O que disse sobre o avançado, mantenho. Obviamente que pode ser um dos fatores da falta de eficácia, mas não quer dizer que isso seja a principal razão do falhanço dos nossos objetivos e, nesse aspeto, mantenho [o que disse]”, insistiu.