Vladimir Putin acusou a Ucrânia de ter praticado um "ato terrorista" e ter atacado a ponte da Crimeia.
O presidente da Rússia reage, assim, pela primeira vez, à explosão na infraestrutura que provocou um incêndio e bloqueou o trânsito durante algumas horas, este sábado.
A ponte que foi alvo de uma explosão provocada por um camião-bomba é um símbolo da anexação da Crimeia e é considerada um ponto estratégico relevante para Vladimir Putin.
O incêndio aconteceu horas após explosões terem atingido a cidade ucraniana de Kharkiv, no sábado de manhã.
Segundo a União das Seguradoras da Rússia, os danos causados à ponte devem custar entre os 3,3 milhões e os 8,2 milhões de euros.
Rússia alerta para "aumento considerável" de ataques ucranianos
Os serviços de segurança russos (FSB) referiram este domingo que há um "aumento considerável" de ataques ucranianos a territórios fronteiriços com a Ucrânia, que mataram uma pessoa e feriram outras cinco na última semana.
“Desde o início de outubro, o número de ataques de formações armadas ucranianas contra os territórios fronteiriços da Rússia aumentou significativamente”, afirmou em comunicado o FSB, que também é responsável pelo controlo de fronteiras.
De acordo com os serviços de segurança da Rússia, esses ataques aconteceram principalmente da região de Belgorod, que faz fronteira com Kharkiv, na Ucrânia, onde as forças de Kiev recuperaram milhares de quilómetros quadrados de território desde o início de setembro, mas também nas regiões russas de Bryansk e Kursk.
”Na última semana, foram registados mais de 100 bombardeamentos de 32 localidades, com recurso a múltiplos sistemas de lança-foguetes, artilharia, morteiros e drones”, avançou o FSB.
Segundo adiantou, “um residente foi morto e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança” nesses bombardeamentos ucranianos, que também destruíram duas centrais elétricas, onze edifícios residenciais e dois administrativos.
Oito postos de controlo fronteiriços também foram danificados, de acordo com a mesma fonte.