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O Presidente da República visitou esta segunda-feira, véspera de Natal, a Raríssimas – ou, mais concretamente, a Casa dos Marcos, na Moita.
Durante a visita e sempre acompanhado pelos utentes do único centro para doenças raras no país, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu o empenho da Segurança Social e da Fundação Aga Khan na recuperação da instituição.
“Houve, de facto, um envolvimento de entidades – como é o caso da Fundação Aga Khan, que tem um grande apoio em Portugal a obras sociais, mas nunca tinha trabalhado com uma instituição tão específica como esta”, começou por dizer.
“O sensibilizar para aquilo que era diferente foi o mérito da senhora secretária de Estado da Segurança Social, da Santa casa da Misericórdia de Lisboa e até do diálogo, que nem sempre é possível em Portugal, que houve”, enalteceu.
Em 2017, o Presidente também visitou a Casa dos Marcos. Vivia-se uma altura muito conturbada na sequência do escândalo em torno da fundadora e antiga presidente da instituição, Paula Brito da Costa.
Tudo começou com uma reportagem da TVI, que denunciou alegadas irregularidades levadas a cabo pela antiga responsável, incluindo o uso indevido de dinheiro da IPSS para fins pessoais.
Paula Brito e Costa foi constituída arguida e suspensa de funções. A socióloga Sónia Margarida Laygue, mãe de uma criança de três anos com uma doença rara, assumiu os comandos da Raríssimas.
O caso levou também à demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que colaborou com a associação como consultor em 2013 e 2015.