O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) negou esta quarta-feira ter havido uma paralisação de todas as ambulâncias no Algarve por causa da greve de técnicos de emergência pré-hospitalar, como denunciado por um sindicato, e garantiu a resposta à população.
O organismo público afastou assim o cenário reportado pelo Sindicato de Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que denunciou a paragem de "todas as ambulâncias" de emergência médica no Algarve, "no turno entre as 16:00 de quinta-feira e 00:00 de sexta-feira", devido à greve ao trabalho suplementar em curso. .
"Ontem, quinta-feira, dos 32 turnos das 11 ambulâncias da região do Algarve que incluem Técnicos de Emergência Pré-Hospitalares (TEPH) nas suas tripulações, foram assegurados a maioria, 27 turnos", quantificou o INEM numa resposta enviada à agência Lusa.
A mesma fonte referiu também que, no dia de hoje, "dos 21 turnos das mesmas 11 ambulâncias" planeados, "foram assegurados 17, prevendo-se que da parte da tarde sejam assegurados nove dos 11 turnos previstos".
"Foram assim registados alguns turnos sem profissionais escalados, numa percentagem muito inferior ao veiculado", argumentou o INEM, refutando os números do STEPH, que hoje disse que estiveram paradas duas das oito ambulâncias de emergência médica, no turno entre as 08h00 e as 16h00.
O INEM esclareceu ainda que o Algarve conta, por outro lado, com "a ambulância de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) e as quatro ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV)", que se encontram em Lagos, Loulé, Tavira e Vila Real de Santo António.
Estas integram também, frisou o INEM, "TEPH nas respetivas tripulações" e todas "estiveram 100% operacionais".
Por outro lado, o Instituto recordou que "o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) é um sistema robusto, constituído não só pelos meios próprios do INEM, mas também pelos meios dos parceiros Bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, que funcionam numa lógica de complementaridade".
O vice-presidente do STEPH disse esta quarta-feira que a greve por tempo indefinido ao trabalho suplementar, para exigir medidas para tornar a carreira mais efetiva, tem levado à paralisação de ambulâncias porque o número de profissionais no Algarve "não chega a 90" e estes "não são suficientes para operar" os meios do INEM na região.