As autoridades portuguesas controlaram mais de 332 mil pessoas desde o início de reposição do controlo documental nas fronteiras no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). 66 pessoas foram impedidas de entrar no país.
As fronteiras aéreas são aquelas onde mais cidadãos têm sido controlados. Só no dia de terça-feira foram mais de 70.000 passageiros de 407 voos, a maioria vindas de fora do Espaço Schengen.
O controlo documental nas fronteiras no âmbito da JMJ entrou em vigor no sábado e está a ser feito de forma seletiva com base em informações e análise de risco.
De acordo com o último balanço do Sistema de Segurança Interna, nos primeiros quatro dias foram controladas 23.166 pessoas nas fronteiras terrestres, 299.166 passageiros nas fronteiras aéreas e 9.811 passageiros e tripulantes nas fronteiras marítimas.
No âmbito da operação, foi recusada a entrada a 66 pessoas, das quais 43 tentavam chegar a Portugal por via terrestre e 23 por via aérea.
Nas fronteiras aéreas, o SEF controlou desde o início da operação 1.744 voos, fez três detenções, duas por fraude documental e uma de um cidadão nacional com mandado de detenção emitido e que foi detido nas chegadas de Frankfurt. Aplicou ainda medidas cautelares em 59 casos.
Com 64 ações de fiscalização desde sábado, envolvendo um efetivo total de 647 agentes, a Guarda Nacional República (GNR) aplicou 49 contraordenações no controlo de fronteiras terrestres, detetou dois crimes, fez quatro apreensões e deteve uma pessoa.
Segundo a informação divulgada esta quarta-feira, a GNR controlou nos primeiros quatro dias da reposição de controlo documental nas fronteiras 4.382 (1.305 na terça-feira), quatro comboios e nove embarcações.
Já o SEF, nas fronteiras terrestres, verificou 3.500 viaturas e controlou 11.612 cidadãos, tendo em quatro casos aplicado medidas cautelares.
Nas fronteiras marítimas, o SEF controlou 399 embarcações, das quais 133 na terça-feira.
A reposição de controlos documentais nas fronteiras permanecerá ativa até às 00:00 horas de 07 de agosto e acontece "a título excecional de forma a acautelar eventuais ameaças à ordem pública e à segurança interna", segundo uma resolução do Governo.