As Forças de Defesa de Israel anunciaram esta terça-feira terem lançado cerca de 400 bombardeamentos contra "alvos militares" nas últimas 24 horas em Gaza, tendo matado três líderes do Hamas.
Na rede social X (antigo Twitter), o exército israelita garantiu que os ataques causaram a morte dos vice-comandantes dos batalhões Nuseirat, Shati e Alfurqan, todos eles membros do movimento islamita Hamas.
"Durante o último dia, caças atacaram dezenas de infraestruturas e vários pontos de encontro da organização terrorista Hamas nos bairros de Sajaiya, Shati, Jabalia, Darj Tafa e Zaitun", referiram as IDF.
"Um avião das IDF atacou um túnel operacional usado pela organização terrorista Hamas (...) e pontos de encontro (...) dentro das mesquitas", acrescentou o exército.
Também esta terça-feira, o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, elevou de 57 para 140 o número de palestinianos mortos durante os bombardeamentos israelitas esta madrugada.
O novo balanço aponta para pelo menos 53 mortes junto ao hospital Al Aqsa, em Jabalia, no norte de Gaza, e no campo de refugiados de Al Bureij, no centro do enclave.
O movimento islamita também mencionou a existência de "centenas de feridos" e "dezenas de casas destruídas".
Mais de 5.100 palestinianos, incluindo pelo menos 1.055 crianças, morreram na Faixa de Gaza, desde o início dos bombardeamentos israelitas em retaliação pelo massacre de 7 de outubro, referiu o Hamas.
O escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou esta madrugada a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza.
Isto eleva para 35 o número de funcionários da UNRWA mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em 7 de Outubro.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou estas mortes e disse estar ao lado dos funcionários "que estão a fazer tudo o que podem para ajudar quem mais necessita", indicou numa mensagem publicada na rede social X.
O Ministério da Saúde do Hamas alertou, também esta terça-feira, que o sistema de saúde da Faixa de Gaza "atingiu a pior fase da sua história" devido ao cerco total ao território imposto por Israel, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Um terceiro comboio de ajuda humanitária entrou na segunda-feira na Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, que liga o enclave à Península do Sinai (Egito), a única via de acesso ao território não controlada por Israel.
O rei Mohamed VI de Marrocos aprovou na segunda-feira o envio de ajuda humanitária de emergência, incluindo produtos alimentares, produtos médicos e água, para a Faixa de Gaza, que será coordenada com as autoridades egípcias e palestinianas.