O Papa Francisco encontrou-se esta quarta-feira, no Cazaquistão, com o metropolita Anton de Volokolamsk, presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscovo.
A conversa durou 15 minutos, tendo sido abordada a questão do anunciado e depois cancelado encontro entre o Papa e o Patriarca Kirill.
No final da reunião, o metropolita Anton de Volokolamsk disse esperar que o encontro possa vir a concretizar-se, embora admita que as recentes declarações de Francisco não ajudaram.
“Teremos de ver quando, onde e, sobretudo, ter uma declaração, um apelo bem preparado para o fim do encontro, tal como aconteceu em Havana, no primeiro encontro que tiveram”, observa, acrescentando que “o segundo encontro estava a ser preparado para Jerusalém, depois foi adiado”.
“Esperamos que um dia haja a possibilidade de vir a ser realizado”, diz.
O presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscovo considera que “o encontro entre o Papa e o Patriarca é uma coisa muito importante, por isso, terá de ser bem preparado”.
“Nós estávamos prontos para este encontro, mas foi cancelado pela Santa Sé. No entanto, no nosso encontro de agosto, quando fui a Roma e agora, o Papa confirmou ser necessário haver outro encontro. Teremos de ver quando e como, mas não discutimos os detalhes”, destaca.
“O Papa deu uma entrevista, que bem conheceis (…). Devo dizer que aquela entrevista foi muito inesperada e, é claro, que não foi útil para a unidade dos cristãos. Foi uma surpresa, mas devemos continuar em frente”, conclui.
Na abertura do
congresso dos líderes das religiões mundiais e tradicionais - que reúne 100
delegações de 60 países, no Cazaquistão - Francisco lembrou o atual contexto de
guerra para sublinhar a responsabilidade de quem tem fé na busca da paz.