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O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, garante que as suas declarações sobre a perda de valor dos carros a gasóleo, a prazo, não pretenderam apertar o cerco ao diesel, por decreto.
À Renascença, o governante insiste que se limitou a avisar que, gradualmente, os veículos a combustão vão perder espaço.
“Não apertei cerco nenhum. Vamos lá a ver. Em 2030, um terço da mobilidade de passageiros terrestre vai ser elétrica. Significa que, com o tempo, paulatinamente, mas num paulatinamente que queremos que seja exigente, com metas claras, os veículos a combustão vão perder espaço”, argumenta.
O ministro esclarece as declarações do final do mês passado, que foram recebidas com críticas por parte do setor automóvel. Na altura, Matos Fernandes lançou o debate de forma incisiva: “Hoje é muito evidente que quem comprar um carro [de motor] diesel, muito provavelmente, daqui a quatro ou cinco anos não vai ter grande valor na sua troca”.
Noutro plano, o ministro do Ambiente reage com satisfação à notícia de que Portugal vai ser este ano distinguido com o troféu das energias renováveis.
“Eu encaro este prémio com uma enorme satisfação. Portugal, ao receber este prémio, é-lhe tributado, não só um passado onde desde 2005 nós já reduzimos emissões que provocam efeito de estufa em 22%, onde 54% da eletricidade que consumimos já provêm de fontes renováveis, como é no nosso compromisso para o futuro, onde em 2030 80% da energia elétrica que vamos consumir será proveniente de energias renováveis”, sublinha Matos Fernandes.