António Costa assume que a escolha da ministra da Justiça para assumir a pasta Administração Interna foi uma “solução sólida de transição”.
Questionado à entrada da reunião da Associação Nacional dos Autarcas Socialistas, em Lisboa, o governante lembrou que Francisca Van Dunem é “uma mulher com larga experiência na área da administração interna”.
A ministra da Justiça vai assumir a pasta da Administração Interna, na sequência da demissão de Eduardo Cabrita, que estava no cargo desde 2017.
A informação é avançada numa nota da Presidência da República, onde Marcelo Rebelo de Sousa confirma ter aceitado a proposta de exoneração de Eduardo Cabrita do cargo de ministro da Administração Interna e a sua substituição por Francisca Van Dunem.
A mesma nota acrescenta que os secretários de Estado do MAI são reconduzidos e a tomada de posse, em cerimónia restrita, está marcada para este sábado às 15h00, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém.
Costa promete Governo mais curto
Questionado sobre as legislativas, Costa afirmou que se o PS vencer as eleições marcadas para 30 de janeiro, os portugueses podem contar com um novo modelo e Governo, com competências mais transversais.
Será uma equipa “mais curta, mais ágil e renovada”, de forma a lidar com os “tempos desafiantes” que o país vive.
“Era o que tinha pensado fazer imediatamente depois do Orçamento do Estado, mas não faz sentido fazê-lo agora, a dois meses das eleições”, justificou.
A ida às urnas foi agendada para 30 de janeiro por Marcelo Rebelo de Sousa, após o Parlamento ter chumbado a proposta do Governo para o OE2022. O Presidente da República já tinha afirmado que, caso esse chumbo se concretizasse, iria avançar com a dissolução do Parlamento.