O PCP lança duras críticas ao Governo pela posição que Portugal tomou no último conselho europeu.
Numa conferência de imprensa, este sábado, sobre as conclusões do Conselho Europeu, os comunistas acusam António Costa de incoerência por ter aceite as decisões sobre a política de migrações, uma política que o PCP considera “desumana e cruel” perante os dramas humanitários.
"Sendo coerente, o Governo português não poderia ter caucionado posições profundamente desumanas, cruéis, que intensificam aspectos muito negativos daquilo que tem sido a reacção europeia perante este drama", disse João Ferreira, eurodeputado do partido.
Os comunistas criticam ainda as decisões da União Europeia (UE) sobre a Política Agrícola Comum.
"Não podemos aceitar que, por um lado, as políticas são europeias e impostas e definidas pela UE e, depois, remeter para os orçamentos nacionais os custos dessas políticas, foi a opção que esta PAC seguiu. Não é aceitável que venham de lá todos os constrangimentos e prejuízos e, na hora de pagar, os custos dessas políticas se diga `agora são os orçamentos nacionais apagar`", referiu.
O PCP conclui que as recentes conclusões do Conselho Europeu mostram que é urgente romper com um processo de integração esgotado, que está marcado por políticas de domínio económico e político.