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A Diocese de Bragança-Miranda manifesta-se “solidária e próxima de cada pessoa, partilha a preocupação comum diante da emergência de saúde pública, em total colaboração com as autoridades sanitárias e civis para barrar o contágio da epidemia viral, o coronavírus, Covid 19” e, nesse sentido, decidiu adotar algumas medidas de prevenção.
Na informação enviada à Renascença, o bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, faz saber que foram suspensas todas as atividades da catequese nas paróquias das Unidades Pastorais, movimentos e grupos eclesiais e cancelados os encontros diocesanos da Lectio Divina.
O bispo diocesano aconselha ao adiamento das “celebrações da penitência nas fórmulas rituais de um só penitente com confissão e absolvição individual e comunitárias com confissão e absolvição individual”, assinalando que não é permitido “a fórmula ritual da celebração comunitária com confissão e absolvição geral”.
D. José Cordeiro recomenda que se acautelem “as celebrações com a participação ativa do povo, “protegendo as pessoas idosas e mais vulneráveis ao garantir o devido intervalo de segurança entre os fiéis”.
“Nestes dias, a Igreja pode celebrar a Eucaristia quotidiana sem povo, mas sempre por todo o povo”, assinala o prelado.
O bispo da Diocese de Bragança-Miranda aconselha “um cuidado acrescido em relação à celebração dos outros sacramentos e sacramentais, nomeadamente batismos e exéquias, participando a família e as pessoas mais próximas” e o reforço da “limpeza e higiene nas igrejas e capelas em ordem ao culto eucarístico fora da missa e oração pessoal diante do Santíssimo Sacramento”.
Aos sacerdotes, diáconos e ministros extraordinários da comunhão é pedido que cumpram todas as normas de higienização emanadas pela Direção Geral de Saúde, “aplicando-as antes e depois de distribuir a comunhão às pessoas doentes e o Viático aos moribundos”.
Em relação às celebrações do Tríduo Pascal, a Diocese de Bragança-Miranda indica que deve ser omitido o gesto do lava-pés e para a adoração da santa cruz que se faça “a reverência com uma simples genuflexão, inclinação profunda ou outro sinal apropriado sem tocar e beijar a cruz”.
Já quanto às procissões, aos exercícios da piedade popular e outras tradições da Semana Santa, dentro ou fora das igrejas, o bispo de Bragança-Miranda apela “ao honesto realismo e responsável prudência das Santas Casas da Misericórdia e demais Confrarias e Irmandades no diálogo com os capelães e respetivos párocos”.
O bispo de Bragança-Miranda lembra ainda a necessidade do cumprimento das “recomendações do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa nas celebrações e lugares litúrgicos” nomeadamente “a omissão do gesto da paz, distribuição da comunhão aos fiéis na mão, a comunhão por intinção dos sacerdotes concelebrantes e dos diáconos e retirada da água benta das pias das igrejas e capelas”.
“Com coragem, esperança, caridade e o empenho e a responsabilidade de todos, prossigamos na construção do Bem comum e da dignidade da Pessoa humana”, exorta o prelado, assegurando a sua oração “por todas as pessoas doentes e pelos seus cuidadores”.