A Polícia Judiciária deteve mais três suspeitos da morte do jovem cabo-verdiano, Luís Giovani Rodrigues, em Bragança, depois de já ter procedido à detenção de cinco homens em janeiro.
De acordo com a nota enviada à redação, os detidos, com idades entre os 24 e os 32 anos, vão ser presentes às Autoridades Judiciárias competentes para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.
Os detidos em janeiro, com idades entre os 20 e os 35 anos, estão indiciados por um crime de homicídio qualificado e três tentativas de homicídio.
O estudante foi encontrado sozinho caído numa rua em Bragança, a 21 de dezembro, e acabou por morrer 10 dias depois, num hospital do Porto.
O caso chegou às autoridades de Bragança como um possível alcoolizado caído na rua sem menção a agressões ou ferimentos, segundo comandante dos bombeiros locais. Só depois de chegar ao local e avaliar a vítima é que a equipa de emergência descobriu um ferimento na cabeça e “verificou que se tratava de um possível traumatismo craniano”.
O jovem foi encontrado caído na Avenida Sá Carneiro, mais de meio quilómetro e alguns minutos a pé do bar Lagoa Azul, onde terá estado com um grupo de amigos e onde terá começado uma desavença.
Na altura, o diretor nacional da Polícia Judiciária garantiu que a morte de Luis Giovani não estava relacionada com nacionalidades ou raças. “Na base dos factos estão motivos fúteis, uma desavença que começou no interior de um espaço lúdico e que teve, depois, desenvolvimento no seu exterior”, explicou Luís Neves.
“Bragança e o nosso país são terras de grande acolhimento e de grande abertura em termos humanos”, sublinhou o responsável, afastando por completo a ideia de um crime de ódio.