O Presidente russo pede à Ucrânia que garanta a segurança dos navios que usam o corredor de exportação de cereais.
Esta segunda-feira, Vladimir Putin acusou Kiev de ser uma “ameaça”, depois de a frota do Kremlin ter sido atacada na Crimeia no sábado.
Em conferência de imprensa, Putin acusa as forças ucranianas de utilizarem o corredor de cereais para realizar o ataque.
O presidente russo sublinha que a Rússia não abandonou o acordo sobre as exportações de cereais, apenas o suspendeu.
Putin admitiu, também, que os ataques em grande escala à infraestrutura energética da Ucrânia foram executados em resposta ao alegado ataque de Kiev contra a frota do mar Negro, alertando para mais ações de retaliação.
"Parcialmente foi" uma resposta, o ataque com mais de 50 mísseis contra 18 alvos energéticos ucranianos em dez regiões, destacou Putin durante uma conferência de imprensa após uma reunião em Sochi com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian.
"Mas isso não é tudo o que podemos fazer", acrescentou, citado pela agência Efe.
Centenas de cidades em sete regiões ucranianas ficaram sem energia e pelo menos 13 civis ficaram feridos nos ataques russos, segundo Kiev.
Moscovo alega Kiev atacou a base naval russa em Sebastopol com 'drones' no sábado, no que descreveu como um ataque terrorista no qual um caça-minas ficou danificado.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, um dos 'drones' marítimos usados pela Ucrânia para atacar a base naval russa em Sebastopol foi lançado de um dos navios civis fretados para a exportação de cereais ucranianos e outros deslocaram-se ao longo da zona de segurança do corredor humanitário.