Um antigo detetive norte-americano, Luis Alvarez, que integrou as equipas de socorro nos escombros dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, morreu este sábado aos 53 anos vítima de cancro.
De acordo com os media norte-americanos, Luis Alvarez morreu em consequência das poeiras químicas e substâncias tóxicas que inalou nos escombros das Torres Gémeas, procurando vítimas dos atentados.
O detetive, que estava reformado da polícia de Nova Iorque, era ainda um dos rostos de uma comissão, juntamente com o antigo apresentador de televisão John Stewart, que há duas semanas esteve no congresso norte-americano a defender mais fundos de compensação para todos os que, civis ou oficiais, se tornaram socorristas em resposta aos atentados.
Grande parte dos que permaneceram no local dos atentados, como bombeiros, polícias, equipas de emergência médica e civis, sofre de problemas respiratórios, digestivos e vários tipos de cancro, em particular do pulmão.
Na altura, as autoridades norte-americanos estipularam um fundo de compensação de sete mil milhões de dólares, um valor insuficiente perante o número de queixas que foram surgiram.
A comissão encabeçada por Luis Alvarez exige do congresso uma garantia de apoio àquelas pessoas durante os próximos 70 anos.
Na intervenção a 11 de junho numa comissão judicial do congresso norte-americano, John Stewart deixou duras críticas à classe política por não se ter interessado por aquelas equipas de socorro.
"Este fundo não é um bilhete para o paraíso, é para providenciar apoio às nossas famílias", disse Luis Alvarez na mesma sessão.
Perante estas declarações, os membros da comissão judicial aprovaram um projeto de lei de que se aguarda discussão em agosto na câmara baixa do congresso.