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O primeiro-ministro, António Costa, recusou hoje comentar o apelo do Assembleia da República, para os portugueses irem a Sevilha apoiar Portugal nos oitavos do Euro, por "não ser comentador", lembrando que "o comportamento de cada um é essencial".
"As televisões estão já cheias de comentadores [...] e eu acho que os responsáveis políticos devem concentrar-se na função respetiva de cada um e não se andarem a comentar uns aos outros. Não é meu hábito comentar titulares de órgãos de soberania e não vou abrir exceção", afirmou António Costa.
Falando em declarações à imprensa portuguesa em Bruxelas no final de um Conselho Europeu de dois dias, o chefe de Governo acrescentou ainda assim que "o comportamento de cada um é essencial" para combater a pandemia de covid-19.
Em causa estão as declarações do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que na quarta-feira apelou a que os portugueses compareçam de forma massiva em Sevilha, Espanha, onde Portugal vai jogar o jogo dos oitavos de final do Euro2020 contra a Bélgica.
Apesar das críticas, Ferro Rodrigues voltou esta sexta-feira ao tema, desejando aos deputados um "bom fim de semana a todos, os que puderem em Sevilha, claro".
O primeiro-ministro reforça o apelo a comportamentos responsáveis em tempo de pandemia: "O que tenho dito desde o princípio da pandemia e continuarei a dizer até a pandemia estar extinta - não sabemos quando será - é que temos de ir adotando os comportamentos e as medidas em função da evolução da pandemia, [pelo que] não podemos descurar medidas de proteção individual como a máscara, mesmo estando vacinados, ou a higiene das mãos e a distância física".
Por essa razão, "se isso for feito e se os eventos se realizarem de forma civilizada, [...] os riscos são mais diminutos", defendeu António Costa.
Revelando que irá assistir ao jogo no próximo domingo "em casa, em Lisboa", António Costa notou que "os cuidados são para manter em qualquer circunstância".
"Cada vez que não o fizermos, estamos a correr o risco de ser contaminados ou de contaminar terceiros", apontou.
O chefe de Governo recusou, ainda assim, a existência de "um estado policial", preferindo antes um "estado de responsabilização".
Já quanto a eventuais deslocações até Sevilha, que é considerada uma zona de alto risco no que toca à pandemia, António Costa adiantou existirem recomendações para a circulação emitidas pela Direção-Geral de Saúde ou pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.