“Abramos o nosso coração aos refugiados”, pediu Francisco no Vaticano. O Papa associou-se à celebração do Dia Mundial do Refugiado, promovida pelas Nações Unidas, sobre o tema ‘Juntos, podemos fazer a diferença’.
“Façamos nossas as suas tristezas, as suas alegrias, aprendamos com a sua resiliência corajosa. Assim, todos juntos, faremos crescer uma comunidade mais humana, uma só grande família”, disse após a recitação da oração do angelus.
O tema dos refugiados foi também abordado pelo Papa nas reflexões antes da oração, dedicada à importância de pedir ajuda a Deus. Francisco revelou ter visto na televisão italiana o programa dominical “À sua imagem”, dedicado ao Dia do Refugiado, em que “tantos que chegam nos barcos, quando se estão a afogar, gritam Salva-nos! Também na nossa vida acontece o mesmo: Senhor, salva-nos! E a oração transforma-se em grito.”
A Amnistia Internacional organiza este domingo uma vigília em Lisboa, à beira Tejo, junto à praça Europa, local simbólico para aludir às "portas da Europa', onde pretende chamar a atenção, incluindo do primeiro-ministro, para os problemas de acolhimento dos refugiados.
A Amnistia Internacional organiza este domingo uma vigília em Lisboa, à beira Tejo, junto à praça Europa, local simbólico para aludir às "portas da Europa', onde pretende chamar a atenção, incluindo do primeiro-ministro, para os problemas de acolhimento dos refugiados.
Durante a iniciativa, a AI quer entregar o manifesto 'Eu Acolho' com mais de 15 mil assinaturas a António Costa. O texto pede aos líderes políticos a "criação de rotas legais e seguras, a partilha de responsabilidades no acolhimento entre todos os Estados europeus e o desenvolvimento de mecanismos que garantam um melhor acolhimento e integração dos refugiados".
Papa não esquece Myanmar
O Papa alertou para a crise humana em Myanmar (antiga Birmânia), com populações afetadas pela fome e a violência.
“Uno a minha voz à dos bispos do Myanmar, que na última semana lançaram um apelo, chamando a atenção de todo o mundo a experiência angustiante de milhares de pessoas, que nesse país estão desalojadas e estão a morrer de fome”, referiu Francisco, desde a janela do apartamento pontifício.
O Papa uniu-se ao apelo dos bispos católicos, pedindo que sejam abertos corredores humanitárias e que as igrejas, pagodes, mosteiros, mesquitas, templos, bem como escolas e hospitais, sejam “respeitados como locais neutros, de refúgio”.
“Que o coração de Cristo toque o coração de todos, levando a paz ao Myanmar”, concluiu.