Ana Paula Martins será a nova presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, que integra o Hospital Santa Maria. A informação foi confirmada à Renascença pelo Ministério da Saúde.
A antiga bastonária da Ordem dos Farmacêuticos vai substituir Daniel Ferro, que estava no cargo desde 2019.
O gabinete do ministro Manuel Pizarro adianta que Ana Paula Martins irá agora formar equipa.
O Ministério da Saúde esclarece que não se tratam de demissões, mas sim de nomeações para comissões que já deviam ter terminado em 2021, um processo que se atrasou.
Assim sendo, os convites para as direções de várias unidades hospitalares começaram a ser pensados já no verão, ainda com a ministra Marta Temido, para que em janeiro - já com a nova direção executiva do Serviço Nacional da Saúde - os novos diretores possam formar uma nova equipa e iniciar trabalho aquando da entrada em vigor do novo Orçamento do Estado.
A mudança é conhecida um dia depois de o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, admitir que há um cenário de "grandes dificuldades" nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com tempos de atendimento indesejáveis.
"É verdade que no Hospital de Santa Maria estamos com grandes dificuldades e com tempos de atendimento indesejáveis. Já um pouco melhores do que o que estavam de madrugada, mas absolutamente indesejáveis", declarou Manuel Pizarro.
Face ao cenário de "grandes dificuldades" nas urgências do Hospital de Santa Maria, o ministro da Saúde quis transmitir uma "mensagem de agradecimento" aos profissionais - médicos, enfermeiros e outros - pelo trabalho que estão a fazer para atender todas as pessoas.
Manuel Pizarro considera que o que está a acontecer neste momento é "um afluxo excessivo às urgências", com a agravante de que as respostas alternativas ainda "não funcionam" como se desejaria e depois, "claro que nestes períodos de pico, as dificuldades aumentam".
Esta terça-feira, o ministro da Saúde esteve reunido com o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e com os administradores dos maiores hospitais da região.
Ao que a Renascença apurou junto de fonte ministerial, o encontro teve por objetivo discutir a atual situação, numa altura em que várias unidades estão sob forte pressão com afluência acima da média e longos tempos de espera, bem como fazer um balanço do plano de outono/inverno atualmente em vigor.