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A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) pede ao Governo que tenha em conta o número e idade dos filhos nas medidas a implementar, com vista a minimizar os impactos negativos da pandemia de Covid-19.
“Perante a atual situação pandémica e o anúncio das novas medidas a implementar pelo Governo, incluindo o fecho de creches, escolas e universidades, em conjugação com a obrigatoriedade do teletrabalho, a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas urge o Governo a ter em consideração as famílias com filhos, que têm estado em sobrecarga desde o início da pandemia”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.
Neste contexto, a APFN considera que para adequar o impacto das medidas às diversas realidades das famílias, “é imperativo que se sejam tidas em consideração as seguintes variáveis, em cada agregado familiar: a existência ou não de filhos, o número de filhos e a idade dos filhos”.
Segundo a associação que representa as famílias numerosas, estas variáveis podem fazer “alterar drasticamente a capacidade de resposta dos profissionais, impondo-lhes, em muitos casos, uma carga de obrigações impossível de suportar”.
Em representação de milhares de famílias portuguesas, a APFN propõe ao Executivo que os agregados com filhos até aos três anos usufruam de uma redução horária de duas horas por dia e por cada filho, com compensação integral pelo Estado.
Já para os agregados familiares com crianças dos 4 aos 12 anos, a associação sugere a redução horária de uma hora por dia por cada filho, também com compensação integral pelo Estado.
“Apelamos ao Governo para que, neste contexto que hoje se apresenta, tenha em consideração a realidade das famílias portuguesas, para que elas sejam efetivamente capazes de corresponder a todas os difíceis desafios que enfrentam”, refere a associação que representa as famílias numerosas, acrescentando que “pôde acompanhar, no último ano, inúmeras situações de sobrecarga familiar por falta de adequação das políticas em contexto pandémico”.
A partir desta sexta-feira, dia 22 de janeiro, as escolas estão encerradas por decisão do Governo, numa tentativa de conter a propagação da Covid-19. À semelhança do primeiro confinamento, o Executivo decidiu atribuir um apoio excecional à família, atribuído aos pais de menores de 12 anos.