O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro considera que o Partido Socialista (PS) não tem coragem para “reformar os sistemas públicos” do país, faltando capacidade para gerir melhor os recursos do Estado.
“As políticas socialistas normalmente, no início, provocam sempre uma sensação de que as coisas estão bem. Mas o Partido Socialista nunca tem coragem de reformar os sistemas públicos, de os tornar mais eficientes e de conseguir gerir melhor os recursos do Estado”, sustentou.
O ex-líder parlamentar da bancada social-democrata marcou presença, esta noite, num encontro com militantes que decorreu na cidade de Coimbra.
À entrada, Luís Montenegro sublinhou aos jornalistas que o PS não consegue acabar com a tentação de “meter a mão em tudo” e de “estar presente em todo o lado”, algo que acredita que ainda vai piorar, agora que tem “poder absoluto”.
“A administração pública está inundada de socialistas por todo o lado. Os ministros saem, um para o Banco de Portugal, outro para uma instituição universitária que foi financiada por ele próprio”, referiu.
No seu entender, este é “o poder do Partido Socialista”, que não traz esperança e não proporciona bem-estar às pessoas.
Por isso, Luís Montenegro evidenciou a necessidade de o PSD se afirmar enquanto oposição firme e exigente, capaz de vencer as próximas eleições legislativas.
“É o que eu desejo, construindo um projeto político para poder dar a Portugal um ciclo de crescimento maior, que possa fixar os nossos jovens, que possa dar uma oportunidade a todos de poderem construir o seu projeto de vida, de subir na vida, que é o que todos temos direito quando nascemos”, apontou.
De acordo com o candidato à liderança do PSD, o seu projeto pretende transformar o Estado e dar bem-estar às pessoas.
“Queremos ter as finanças públicas equilibradas e o país a crescer economicamente, mas não é esse o fim. Esse é o meio, o instrumento, para que as pessoas possam ter condições de poderem ter uma vida condigna”, concluiu.
As eleições diretas para escolher o novo presidente do PSD foram marcadas em Conselho Nacional para 28 de maio e o Congresso vai realizar-se entre 01 e 03 de julho, no Porto.
Até agora, entre os militantes do PSD, são conhecidos dois candidatos às eleições diretas marcadas: o advogado Luís Montenegro e o ex-ministro do Ambiente Jorge Moreira da Silva.
O atual presidente do PSD, Rui Rio, que ocupa o cargo desde janeiro de 2018, já anunciou que deixará a liderança do partido na sequência da derrota nas legislativas de 30 de janeiro.
O prazo limite para a apresentação de candidaturas à liderança do PSD é o dia 16 de maio e estas têm, como habitualmente, de ser subscritas por um mínimo de 1.500 militantes e acompanhadas de uma proposta de estratégia global e do orçamento de campanha.