Dos 35 arguidos que integravam uma rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para agricultura no Baixo Alentejo, 31 ficaram este sábado em prisão preventiva, segundo o despacho do Tribunal Central de Instrução Criminal.
De acordo com o despacho, o juiz Carlos Alexandre determinou a prisão preventiva para 31 arguidos, oito dos quais com possibilidade de ficar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, caso o relatório dos serviços prisionais - Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais - seja favorável.
Os restantes quatro arguidos, todos portugueses, saem em liberdade com Termo Identidade e Residência (TIR), proibição de contactos com as vítimas e arguidos, além de apresentações periódicas diárias às autoridades.
Os 35 arguidos, "fortemente indiciados" por associação criminosa, tráfico de pessoas, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, entre outros crimes, foram detidos na quarta-feira pela Polícia Judiciária.
Esta investigação da PJ começou há cerca de um ano e teve como foco a angariação por aquela rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação dignas
Pedro Proença, advogado de três arguidos, disse à Lusa que a procuradora do Ministério Público deu conta que a investigação ainda não terminou e que "nos próximos dias poderá haver mais detenções".
Os arguidos foram presentes ao Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e interrogados pelo juiz Carlos Alexandre, durante o dia de sexta-feira.